sábado, 27 de maio de 2017

Essa fotografia foi feita durante uma viagem de campo com professores da UNILAB. Estávamos em Guaiúba, uma cidade no pé da Serra da Aratanha, Caminhávamos numa trilha em direção ao açude com uma barragem que forma uma bela paisagem com a serra ao fundo. No entorno do açude a mata ainda esta preservada, embora próximo já se perceba alguns empreendimentos imobiliários. Estava uma bela tarde, uma luz que só no Ceará acontece e eu estava em busca do melhor recorte para registrar uma paisagem. Quando de repente vi esse garoto correndo tentando empinar sua pipa. Acho um belo registro.

domingo, 27 de outubro de 2013

CASARIO DO CENTRO HISTÓRICO DE FORTALEZA

Texto Apresentação: Vicente de Paulo.

Textos entre as fotos: Maria Rosa Menezes.

As fotografias aqui apresentadas são resultado de um percurso exploratório de descoberta ou redescoberta da memória da cidade de Fortaleza. Esse ato imagem comunica e revela um desejo de preservar o marco fundamental de todos que vivem em uma cidade, isto é, sua memória viva de carne pedra e afetos, tudo imbricado num singelo gesto de fotografar. Câmera na mão, olho na lente e um foco em mente: o Casario do Centro Histórico de Fortaleza.  O Projeto "Casario do Centro Histórico de Fortaleza" foi contemplado com o Prêmio de Fotografia no Edital das Artes 2011 da SECULFOR.


Rua Guilherme Rocha (Praça do Liceu)


Paço Municipal - Rua São José, 01.


Cidade da Criança - Rua Pedro I, S/N


Igreja da Sé e Paço Municipal ao fundo.

Olhando o alto avisto o mar inteiro envolto em azul-e-céu, cor que partilham sem pudor até perder-se para além da linha que se dobra e desaparece incomunicável ao meu olhar.



Associação Comercial do Ceará - Rua  Dr. João Moreira, 207


Sefaz - CE - Av. Alberto Nepomuceno com Rua Pessoa Anta.


Escola Jesus, Maria e José - Rua Coronel Ferraz, S/N.


Estação João Felipe - Praça Castro Carreira, S/N.

Chegou o dia em que minhas andanças conduziram ao mínimo olhar das coisas. Uma lamparina de ferro, uma cadeira solitária embaixo de um lampadário, uma janela que retorna às raízes da velha árvore-mãe. A textura descolorida pelos dias adorna o entorno das portas altas, outrora majestosas.


Teatro José de Alencar - Rua Liberato Barroso, 525 - Praça José de Alencar.


Museu do Ceará - Rua São Paulo, 51 - Praça Capistrano de Abreu.


Caixa Econômica Federal - Rua Guilherme Rocha, 45 - Praça do Ferreira.


Instituto Histórico e Geográfico do Ceará - Rua Barão do Rio Branco, 1628.


Estação João Felipe - Antiga residência do administrador - Praça Castro Carreira, S/N.

A estação. Ali se vão os dias atritados entre os trilhos que Vivos e juntos já contam mil. Faz traaaq o passar das roletas na ida e na volta. Meu número no bilhete é 279. Afeiçoo-me a ele, sei o endereço íntimo que ele me revela, ou então é apenas mais um número. Atrás de mim empurrões de números me avisam que estão com pressa. Não abandono a estação, me fio nela como quem se fia num oráculo - uma sacerdotisa de nome João. Alguém me avista de uma janela e me previne - Mulher te apressa! És por um acaso estrangeira?.


Sobrado José Lourenço - Rua Major Facundo, 154.



Cemitério São João Batista - Rua Padre Mororó,487.








terça-feira, 15 de novembro de 2011

OFICÍNA LAMBE-LAMBE

Sábado à tardinha. Minha companheira Maria Rosa me pediu para acompanhá-la numa oficina de arte no Centro Dragão do Mar: “Cartazes de Lambe-Lambes e Intervenções Urbanas”, ministrada pelo pessoal do "Selo Coletivo". Para mim o termo "lambe-lambe" estava relacionado a fotografia, fiquei curioso, o que seria o outro "lambe-lambe"? Então ela disse: "Já que você vai me deixar lá, porque não ficar, leve a câmera, se tiver afim, fotografe", disse ela. Pois bem: fui, fiquei e fotografei. O resultado ficou interessante, apesar da dificuldade de fotografar a noite com luz artificial e sem flash (não gosto de usar flash). O ambiente estava descontraído e eu ali, na espreita, fui me soltando e clicando instantes, que revelaram a evolução dos trabalhos que estavam sendo elaborados pelo grupo que participava da oficina. Eu conhecia o termo "lambe-lambe" como um tipo de fotógrafo, atualmente em extinção, mas que atualmente tem certa resistência no interior do nordeste brasileiro, documentando festas, casamentos, retratando pessoas e paisagens. A explicação para o termo lambe-lambe na fotografia, segundo o historiador Broris Kossoy, em seu livro: O Fotógrafo Ambulante - A História da fotografia nas praças de São Paulo, é que: Para uns, lambia-se a placa de vidro para saber qual era o lado da emulsão; outros diziam que se lambia a chapa para fixá-la. Mas, a versão mais aceita por pesquisadores é a de que a origem do termo está ligada ao processo de ferrotipia, depois de feita a revelação, o fotógrafo lambia a chapa de ferro, coberta por uma camada de asfalto, fazendo com que a imagem se destacasse do fundo preto pela ação do cloreto de sódio presente na saliva. Já o outro tipo de lambe-lambe, aprendi que é um poster de papel colado com cola, muito usado em publicidade (Lojas, Shows, Cartomantes) e espalhado nos muros e postes das cidades. No caso da oficina o intúito era retrabalhar o "lambe-lambe" no sentido da arte, como forma de intervenção urbana.
















domingo, 6 de março de 2011

NAQUELE DOMINGO...

ENSAIO FOTOGRÁFICO SOBRE A BELEZA DO GRAFFITI NO ESPAÇO URBANO.

Era um domingo de sol depois de muitos dias de chuva, decidi pegar minha câmara fotográfica, pois Maria Rosa tinha me dado o toque que através do facebook ela foi convidada a aparecer num evento coletivo de arte urbana na Praia de Iracema. Fomos eu, ela e uma amiga, a Eugênia. Elas estavam a fim de participar, seria uma inserção da Companhia Pã de Teatro, da qual fazem parte. O local escolhido era uma enorme parede de uns trinta metros de largura por uns dez de altura. O Bosco, que era o cara que estava organizando o evento, ele estava radiante diante a receptividade, pois os principais grupos de arte urbana da cidade estavam todos lá. A idéia era utilizar a parede para fazer enormes grafites, ou seja, boa arte urbana. Acho difícil fotografar esse tipo de evento, você tem que estar presente e atento o tempo inteiro, pois tudo acontece ao mesmo tempo em todo lugar. O evento virou uma festa de tintas e encontros entre grupos. Fotografei das 10:30 às 20:00, havia muita movimento no ato de grafitar,pintar, colar, pessoas subindo e descendo andaimes, escadas, movimentos de mãos que transformavam rapidamente uma imagem em outra, o espaço pouco a pouco foi ganhando ares de ateliê-rua. As imagens ficaram belíssimas. Muita cor, muito movimento, muita interação. Estamos na era da fotografia digital e todos têm acesso a câmaras, o mundo está saturado de imagens, assim como as minhas, muitas outras imagens foram capturadas e já estão rolando no facebook, mas apresento aqui a minha perspectiva imagética, meu recorte daquele domingo...